Vivo no Trânsito
Responsável: Marccelo Pereyra
COVID NO TRÂNSITO
Lá se vão 365 dias do surgimento da pandemia que mudou completamente, os modos de comportamento social e individual dos habitantes humanos desse planeta chamado Terra.
Da maneira como estava a vida, tudo parou. Se não parou definitivamente, para muitos, estacionou temporariamente para outros tantos. Parada obrigatória, num sentido único, é a regulamentação que passou a vigorar para todos, porém, com muitas resistências. As pessoas insistem em seguir na contramão das novas regras, sem dar a preferência a quem passa por elas, ignorando a mão dupla que a vida recomenda a todos, sem respeitar os limites de velocidade e as regras de circulação social que agora são importantes de serem respeitadas.
A passagem obrigatória pelos caminhos da vacinação, tornou-se conflituosa, com o direito até mesmo de poder escolher se deseja contrair ou não o vírus, e de morrer contaminado por ele, se assim lhe convier. Mesmo sendo proibido ultrapassar limites, as pessoas querem ignorar o sentido proibido, escolhendo o aclive acentuado do dia a dia, no cruzamento das vias certas e incertas que as levam para os estreitamentos desconhecidos.
Mesmo com a pista escorregadia, sinuosa à esquerda ou à direita, o que se vislumbra no horizonte da rua sem saída, de um trecho sujeito a neblina e ventos laterais, é a esperança de que o trânsito compartilhado possa mudar de vez a realidade das nossas tragédias anuais.
Na dúvida, não ultrapasse seus limites, obedeça a sinalização dos seus sentidos, use o cinto de segurança para se proteger, e ande sempre na velocidade permitida que o seu tempo lhe oferecer.
Respeite a vida. A sua, e a do outro que surgir em seu caminho.
DIA MUNDIAL SEM CARRO?
O dia de hoje é considerado mundialmente, como o dia sem carro. Sim, você que já se levantou cedo e saiu de carro, pode não ter atentado para esse detalhe, e agora está circulando em sua cidade, dirigindo em todas as direções!
Poderia ter deixado seu carro em casa, se estivesse atento aos chamados e alertas para os problemas mundiais, e certamente estaria colaborando para a conscientização do uso incorreto, ou inadequado de se deslocar em trânsito.
Se tivesse se lembrado, teria ido para o ponto do ônibus, aguardando amargamente pela demora da chegada, e estaria espremendo seus ossos com outros passageiros, na lotação dos ônibus, sacudindo-se entre as máscaras e os riscos da Pandemia.
Ou poderia ter se deslocado a pé mesmo, saltando de buracos e bueiros abertos, tendo que andar pela rua, por causa dos passeios mal cuidados e estreitos, correndo de veículos que mais se parecem com máquinas de caçar pedestres.
O dia mundial sem carro, mais do que pedir para que as pessoas não utilizem seus veículos, como forma de refletir sobre os comportamentos humanos no trânsito, tenta sensibilizar as sociedades sobre o consumo e a utilização exagerada de carros de passeio.
De certa forma, caminha na direção contrária das exigências dos nossos tempos e do arcaico modelo urbano de se viver e conviver.
Num mundo capitalista, que estimula as pessoas a consumir cada vez mais, fazendo girar fortunas e poder, as chances de conscientização são reduzidas e a tomada de atitude torna-se por demais demorada.
Não há como se pensar em mudar esse quadro mundial, se não houver alternativas seguras, eficazes, de custo acessível, confortável e pontual, para as necessidades da vida moderna.