O SORO E A VACINA

A comunidade do trânsito adoece, com a ausência da educação. A educação é a única vacina capaz de imunizar as pessoas dos males do convívio urbano, do conflito incessante de interesses e vontades. Ela é a condutora e a promotora do entendimento, da compreensão do transitar, intermediando a pressa e a gentileza, a preferência e o egoísmo, o espaço e o tempo.

O trânsito é um ambiente de constante disputa de espaço. Nas calçadas, as pessoas se desviam umas das outras, andam na mesma direção, tropeçam, esbarram, xingam e, seguem assustadas. Nas ruas, os carros invadem faixas, atravessam à frente de outros, andam velozmente, colidem, atropelam, matam e fogem irresponsavelmente.

Os sinais, silenciosos em suas regras, coloridos em seus códigos, permanecem imóveis, ignorados por toda essa multidão que desordenadamente ocupa a cidade em todos os seus cantos, esquinas, ruas e avenidas.

A falta de educação viraliza nesse meio. Contamina a todos, transformando as atitudes de cooperação e respeito, em ações ofensivas e agressivas.

A vacina da educação precisa ser aplicada, urgentemente. Inoculada na formação cidadã, somente ela será eficaz para evitar que as pessoas adoeçam no trânsito.

Àqueles que passaram do tempo de se imunizarem, resta a prescrição dos soros e remédios que terão a missão de combater os males, já instalados.

Minha escolha faz a diferença no trânsito.